Fator: Controle

Fator: Controle



Que coisa é essa?
Não queremos sentir
Parece querer nos ferir
E serve para nos oprimir.

Mesmo que não a criamos
Dela participamos
Ou contra ela lutamos.

É um instrumento de opressão,
Mas fisicamente não há agressão.
Nosso pensamento quer influenciar
Para fácil ser de nos comandar.

Completa e perfeita não pode ser,
Senão suas origens iríamos saber
E ela acabaria por desaparecer.

Se você não compreendeu o que estamos a falar
Rapidamente iremos contar.
Essa coisa que tentar explicar
É a ideologia feita para nos controlar.

Neirimar Coradini

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Esse é outro poema que compõe uma tríade que eu produzi em 2008. Veja também Fator: Lucro e Fator: Global.

Fator: Global

Fator: Global


Mundo…
Em descontrole ele está.
O que o faz se descontrolar?
É a globalização que nele está a se espalhar.

Céticos: o que dizem?
Dizem que não há globalização,
Que sempre houve tais coisas e tais conseqüências,
Que essa conversa é exagero e enrolação
E radicais: o que dizem?
Que esta globalização é nova,
Nunca seus efeitos foram tão globais
Nos processos interculturais.

Risco: o que isso vem a ser?
É o infortúnio que no futuro pode ocorrer.
Há os externos, que são naturais,
E os produzidos, que o homem faz.

Tradição versus globalização.
Tradições inventadas são.
Hoje servindo de mecanismos de controle, ali elas estão.
Pelo tempo não se caracterizam, e sim pelo ritual e repetição.

Família. Ali mudanças importantes ocorrem.
De várias discussões as pessoas não mais fogem.
As mulheres e crianças têm mais valor.
O relacionamento puro se foca,
E para ele acontecer
A democracia das emoções deve haver.
As obrigações deve-se aceitar
Para os direitos poderem reinar.

A democracia pelo mundo está a se alastrar,
Mas nas democracias maduras a desilusão esta a aumentar.
As pessoas pela política passam a se interessar,
Mas nos modelos atuais não conseguem acreditar.
Uma solução que se pode apontar
É a DEMOCRACIA se democratizar,
Ou seja, o poder descentralizar
E medidas anticorrupção realmente se efetivar.

Neirimar Coradini

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Esse é outro poema que eu produzi durante minha faculdade. Ele compõe uma tríade. Veja também Fator: Lucro.

Superação

Superação

Superação.
Eis uma meta fácil de proclamar.
Entretanto oportunidades vem e vão,
e ela se vê difícil de alcançar.

Por medo de sofrer e errar,
nem chegamos a lutar.
Assim nunca vamos perder,
mas também nunca vencer.

Às vezes eu me espanto
quando por aí eu ando
e tantos vejo chorando,
mas sequer tentando.

Mas isso deve acabar!
O que é preciso fazer
é os receios esquecer
e na vida arriscar.

O amor...
sempre perto da dor.
Para ele alcançar
Medo não devemos ter
nem de errar, nem de sofrer.

Devemos arriscar
a perder ou a ganhar,
pois se nada alguém fazer
jamais vamos realmente viver.

Neirimar Coradini

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Esse já é um poema recente. Escrevi pensando em publicar aqui no Vagando a Esmo. Espero que ele consiga motivar quem o ler a buscar a realização de seus sonhos e promover sua auto-superação.

Um grande abraço a todos.

Fator: Lucro

Fator: Lucro



Tenho isso, mas preciso daquilo.
Como conseguir?
Alguém que tenha aquilo e precisa disso
Pode até nem existir.

Para isto resolver,
Algo era preciso fazer.
Uma solução legal
Foi o equivalente geral.

Alguém mais dinheiro quer ter.
Para isto a mais-valia vai usar
E força de trabalho vai comprar
Daqueles que outra coisa não têm para vender.

Buscado todo capital controlar,
Imperialistas irão surgir
E pelo mundo vão passar
Para a autonomia dele inibir.

A ciência também vai se alterar.
Antes para um inventor ser
Bastava querer e a isso muito se dedicar;
Hoje é preciso primeiro estudar
E depois ir para uma empresa trabalhar.

Como Karl Marx devemos pensar:
Que o capitalismo para sempre não irá reinar,
Seu ápice vai alcançar
Para logo se acabar.

Mas parados não devemos ficar.
Algo já podemos fazer
Para no futuro a humanidade menos sofrer:
O nosso pensar começar a mudar.

Neirimar Coradini

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Esse poema eu escrevi na disciplina Sociologia, no primeiro semestre do curso de Comunicação Social com formação em Jornalismo, na Universidade Feredal de Rondônia - UNIR, campus de Vilhena, no ano de 2008

Bem, nessa época nós estávamos estudando o temas capitalismo, globalização e ideologia. Então resolvemos fazer um sarau lá na faculdade. Inspirado, criei esse e mais dois poemas ("Fator: Controle" e "Fator: Global") que também vou postar aqui.

Aquela noite foi bem legal. A professora Beth levou a gente até a entrada da faculdade, onde declamamos poemas, ouvimos e tocamos música, enfim. Lembro que o Cícero trabalhou com a música Admirável Chip Novo, interpretada por Pitty. Prestando atenção à letra, passei a gostar das compisições da Pitty.

Enfim, espero que você goste deste poema e dos outros que irei publicar.