O Fatal Ideal Irreal

sábado, 16 de abril de 2016

O Fatal Ideal Irreal


O ideal...
Realidade almejada,
nem sempre encontrada.

O ideal...
Sinônimo de felicidade,
ou fuga da realidade?

O ideal...
O amor, profundamente sentido,
mas talvez não correspondido.

O ideal...
Capaz de mundos mover,
ou pessoas entristecer.

O ideal...
Sonho a alcançar,
ou ilusão a criar?

O ideal...
Se por ele hoje lutar,
no futuro o iremos encontrar?

O ideal...
Para saber se real pode ser,
é preciso coragem obter.

O ideal...
Se verdeiro,
pleno.

O ideal...
Se irreal,
fatal.

Neirimar Coradini
14 de abril de 2016

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Abaixo, deixo imagens deste poema caso desejem compartilhar, lembrando de manter os créditos.



Ver não vendo

domingo, 27 de abril de 2014

Ver não vendo


De tanto ver, a gente banaliza o olhar;
Vê... não vendo.
Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.
Parece fácil, mas não é;
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.
O campo visual da nossa retina é como um vazio.
Você sai todos os dias, pela mesma porta...
Se alguém lhe perguntar o que vê no caminho, você não sabe.
O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver: Gente, coisas, bichos.
E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê.
Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.
O poeta é capaz de de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê.
Há pai que raramente vê o próprio filho.
Marido que nunca viu a própria esposa.
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. ...
É por aí que se instala o "monstro da indiferênça".

Autor Desconhecido.

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Vamos tentar, pelo menos durante um dia, realmente ver o que há a nossa volta

Rosa de Hiroshima

domingo, 28 de outubro de 2012

Rosa de Hiroshima



Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Vinicius de Moraes

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Decidi publicar este poema pois gosto dele. Certa vez o declamei no Concurso de Poesia e Música Fernando Pessoa, organizado pela Escola Paulo de Assis Ribeiro, de Colorado do Oeste, onde estudei.

O Coração da Amazônia

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Coração da Amazônia



Rondônia, cheia de beleza,
Cheia de tristeza.
É de se admirar
A sua grandeza.

Nas beiras do Madeira e Mamoré,
As crianças a cuidar
Fica a mulher,
Enquanto o homem sai
Nas suas águas pescar.

Índios para lá,
Índios para cá,
E todos
Suas terras querendo pegar.

A selva,
Toda cheia de relva,
Rica em fauna,
Rica em flora.
Até quando isso vai durar?
Para isso saber,
O amanhã deve chegar.

Com certeza
é uma grandeza
com suas belezas
e também com suas tristezas.



Neirimar Coradini

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Esse poema eu escrevi em 2004, quando estudava na 8ª série C (hoje chamado 9º ano) da Escola Paulo de Assis Ribeiro, em Colorado do Oeste, Rondônia.

Com este poema eu participei da I Mostra Ecológica Estudantil, organizada pela Secretaria Estadual de Educação de Rondônia (Seduc). Passei pela etapa escolar e municipal, chegando à final estadual que ocorreu de 21 a 23 de setembro de 2004  em Porto Velho. Fui avaliado tanto pela composição como pela declamação. Fiquei em 5º lugar, mas apenas os três primeiros eram premiados. Mesmo assim, o esforço valeu, pois conheci várias pessoas e locais interessantes.


Alegre Esperança

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


Alegre Esperança


Esperança.
Um sonho longo.
Não finda com um tombo.
É a espera de uma recompensa.

A inocência do sorriso da criança,
A meta que se alcança,
A vida que avança,
Desperta a esperança.

Neirimar Coradini

Fator: Controle

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fator: Controle



Que coisa é essa?
Não queremos sentir
Parece querer nos ferir
E serve para nos oprimir.

Mesmo que não a criamos
Dela participamos
Ou contra ela lutamos.

É um instrumento de opressão,
Mas fisicamente não há agressão.
Nosso pensamento quer influenciar
Para fácil ser de nos comandar.

Completa e perfeita não pode ser,
Senão suas origens iríamos saber
E ela acabaria por desaparecer.

Se você não compreendeu o que estamos a falar
Rapidamente iremos contar.
Essa coisa que tentar explicar
É a ideologia feita para nos controlar.

Neirimar Coradini

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Esse é outro poema que compõe uma tríade que eu produzi em 2008. Veja também Fator: Lucro e Fator: Global.

Fator: Global

domingo, 11 de setembro de 2011

Fator: Global


Mundo…
Em descontrole ele está.
O que o faz se descontrolar?
É a globalização que nele está a se espalhar.

Céticos: o que dizem?
Dizem que não há globalização,
Que sempre houve tais coisas e tais conseqüências,
Que essa conversa é exagero e enrolação
E radicais: o que dizem?
Que esta globalização é nova,
Nunca seus efeitos foram tão globais
Nos processos interculturais.

Risco: o que isso vem a ser?
É o infortúnio que no futuro pode ocorrer.
Há os externos, que são naturais,
E os produzidos, que o homem faz.

Tradição versus globalização.
Tradições inventadas são.
Hoje servindo de mecanismos de controle, ali elas estão.
Pelo tempo não se caracterizam, e sim pelo ritual e repetição.

Família. Ali mudanças importantes ocorrem.
De várias discussões as pessoas não mais fogem.
As mulheres e crianças têm mais valor.
O relacionamento puro se foca,
E para ele acontecer
A democracia das emoções deve haver.
As obrigações deve-se aceitar
Para os direitos poderem reinar.

A democracia pelo mundo está a se alastrar,
Mas nas democracias maduras a desilusão esta a aumentar.
As pessoas pela política passam a se interessar,
Mas nos modelos atuais não conseguem acreditar.
Uma solução que se pode apontar
É a DEMOCRACIA se democratizar,
Ou seja, o poder descentralizar
E medidas anticorrupção realmente se efetivar.

Neirimar Coradini

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Esse é outro poema que eu produzi durante minha faculdade. Ele compõe uma tríade. Veja também Fator: Lucro.
 
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